terça-feira, 30 de junho de 2009

E o bimbo sou eu...

Quando eu comecei a cozinhar -tarefa que muito me agrada - não sabia fazer nada. (Sim, não não sou daquelas personagens que já nascem ensinadas que pululam para aí a propósito de quase tudo e da cozinha também) . Então, passava a vida ao telefone com a minha mãe ou com a minha avó a discutir o que quereria dizer um bocadinho, uma colherinha, uma pitadinha e muitas outras medidas desconhecidas dos sistemas tipificados, mas muito comuns nas economias domésticas. E o tempo? Outro drama. Se o forno era eléctrico, aí uns 20 minutos devem dar, mas vais vendo...Mas vendo o quê? Se pegava fogo? Se ficava amarelinho ou preto, mesmo? Ah, e depois tens que ir mexendo, para não agarrar...Enfim...Um mundo de regras empíricas entraram pela porta da minha cozinha e levei algum tempo a perceber o seu real significado, mas com uns jantares mais aguados e outros mais queimados, a coisa lá se compôs. Mas depois veio a primeira criança...Drama. Um mar de regras alimentares voltaram a bater à porta da minha cozinha. E pior! Neste assunto, a minha mãe e a minha avó não puderam ajudar muito, pois eu ainda sou do tempo em que as crianças deviam comer mioleira, comiam iogurtes com açúcar e usavam pó de talco. Então, não raras vezes,ouvi: ah, não sei, no teu tempo nós faziamos assim...agora é tudo diferente...Mas lá aprendi. E veio a segunda criança. Agora já sabia, mas não tinha tempo. De que me servia saber? Antes ignorante. E assim cheguei à Bimby! A minha fada do lar robotizada. Dá-me sugestões, diz-me as quantidades certas, programo o tempo certo et voilá! Já está. Entretanto, olhem, vou ali e já venho...

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