Et voilá...Quando me preparava para suspirar com jeitos de missão cumprida relativamente aos papéis a entregar na Igreja...Toca o telefone....e....afinal....não está nada resolvido! Ligou-me um tal secretário do cartório paroquial, apresentando-se com um nome de pergaminhos duvidosos, quem sabe mesmo oriundos de uma criação pessoal que adiciona letras, "e" e "de" aos nomes, reclamando, com maus modos (próprios de gentes ditas finas), a entrega de uma certidão que tinha sido dispensada pelo próprio que vai celebrar o baptizado da minha criança. E aí eu percebi que, finalmente, a democracia tinha chegado à casa do Senhor....! Todos têm direito à sua opinião!
Isto tudo para elidir a presunção de má formação que impende sobre qualquer ovelha que se aproxime da casa do Senhor. Ao contrário das leis civis, onde existe uma presunção de inocência até prova em contrário, na Igreja temos uma presunção de culpa até que se demonstre o contrário. Temos que garantir que os padrinhos são baptizados e casados pela Igreja com papéis e selos brancos, caso contrário presumem que os padrinhos são feios porcos e maus ...Mais um sinal da Igreja a favor do matrimónio, neste caso da culpa, que a Igreja casa com qualquer um, não correndo, nestas instâncias, o risco de morrer solteira.
Posto isto, talvez o meu filho tenha padrinho, talvez não, o senhor prior é que decide. Com certeza, manda quem pode, obebedece quem deve, lema da "outra senhora" ainda muito em voga nestas instituições...
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